quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O garoto de lugar nenhum. Capítulo 2 - Parte 1.



2.Convocação.

 Na escola eu não conseguia me concentrar, toda hora vinha a imagem do rosto da minha mãe. Estava na cara que ela sabia de alguma coisa sobre minha insônia. Na sala de aula à professora percebeu que eu estava com o pensamento distante, e sempre chamava minha atenção com perguntas e aumentando o tom da voz com o meu nome. Meus colegas já gostavam quando tinham algum motivo para rirem da minha cara, já que eles tinham um pouco de medo de mim, mesmo sem eu dar motivo.
 No intervalo eu estava sozinho como sempre. Perdidos em meus pensamentos não notei que todos estavam olhando para mim, só que de uma forma diferente, não era como das outras vezes que olhavam para mim com cara de nojo, ou porque me acham estranhos, mas porque eles sabiam de alguma coisa ao meu respeito que eu não estava sabendo. No momento em que eu percebi isso à Julia já estava em pé ao meu lado.

 - O Direto esta esperando por você na diretoria. Disse com à sua voz alta, para que todos  os outros alunos ouçam, pelo menos os que ela ainda não tinha contado antes de me dar a noticia, pois a Julia era representantes dos alunos pelo menos dos outros alunos.
- Obrigado Julia. E abaixei a cabeça novamente e voltei a pensa na cena do café da manhã.
- É agora que eles estão chamando você!-falou ela mais uma vez e mais alto para que todos escutassem - Provavelmente - continuou ela - você vai receber uma suspensão porquê não estava prestando atenção na aula ou melhor você pode ser expulso.

Eu como sempre não tinha ligado por que ela tinha falado nem pelo oque os outros alunos estavam pensando de mim e muito menos oque o diretor e o professores da escola estavam querendo comigo.

 Levantei-me e fui andado pra sala do direto até me esqueci da Julia gritando e os outros alunos cochichando e rindo de mim. As vezes pensava que se eles me conhecessem um pouco mais deixaria de pegar no meu pé, ou não.


 Um pouco antes de subir a escada para a diretoria eu ouvi a voz do Marcos me chamando. Fiquei um pouco surpreso de ele ter me chamado e os outros que estavam ao redor também.
Ele estava vindo em minha direção com uns passos um pouco rápidos e olhando fixo para mim. Por um estante eu pensei que ele estava querendo brigar por uma resposta errada que eu vendi para ele, mas quando chegou perto ele disse: 

 - Acho que a Julia conseguiu tira uma foto com você vendendo as respostas para mim.

Por um instante tudo começou a girar, eu olhei  ao meu redor e vi que todos estavam olhando pra mim, inclusive a Julia, a qual quando a vi com a cara de convencida olhando para mim e rindo, eu fechei às minhas mãos e senti os meus pés se movendo sozinho em direção a ela, O sorriso escarnecedor dela com os aparelhos em seus dentes refletia a luz do sol em cima dos meus olhos o que me deixava mais nervoso ainda.

 - Rafael, acorda cara. - disse o Marcos me chacoalhando - Se for esse motivo pelo qual o diretor esta te chamando? Eu olhei para os olhos dele e vi que ele estava com bastante medo, nunca vi o marcos assim. Mas era óbvio que ele não se importava comigo e sim com ele, na hora veio a imagem do meu pai na cabeça e decidir fazer oque ele faria naquela hora: Primeiramente fiz a cara de despreocupado que ele sempre faz diante de um problemão e depois disse a o Marcos:  
 - Se for esse o caso eu farei o possível para não te envolver. Com certeza ele devia ter achado que eu tinha pirado, mas não falou nada.
Virei as costas e seguir o caminho para diretoria, agora mais preocupado e muito nervoso com a Julia.




















segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Falando um pouco sobre Castidade.


 No decorre da nossa vida adotamos muitas coisas para para nós: Algumas coisas boas, outras más, algumas desnecessárias, outras necessárias, etc. E uma coisa que a maioria adota é o sexo, Sexo é bom é gostoso, mas como diz um poeta qualquer: "Tudo em excesso é ruim."

  Hoje é quase lei um Rapaz ou uma moça ter uma vida sexual ativa, caso contrário você pode ser excluído de um certo grupo ou até sofre preconceito. A verdade é que as crianças de hoje em dia, antes mesmos de ser entenderem por gente já é pressionada a fazer sexo e Crescem e vivem carregando esse peso de que, "tenho que transa!"

  A castidade é uma forma de vida que muitos adotam independentemente de crença, traumas, ou qualquer outros motivo. Algumas pessoas se mantém virgens até o casamento outras até encontra uma pessoa "legal".

  Alguns jovens até usam o anel da castidade. O Fato é que o sexo já se tornou banal. Hoje mais de 50% dos adolescentes já tiveram relação com pessoas do mesmo sexo, por as relações com pessoas do sexo oposto"enjoarem". #fato.

  A igreja católica toma o sexo fora do casamento como um pecado mortal, segundo o sexto mandamento de Deus na bíblia: não pecar contra a castidade (Ex 20,14). E a Igreja também condena o uso de camisinhas, por não ser a solução contra os DSTs e até a gravidez, só entardecer um pouquinho, mas mais cedo ou mais tarde o resultado vai ser o mesmo .


  Pessoalmente falando, eu não gosto da idéia de que alguém ou alguma coisa me controlar, muito menos a minha sexualidade.

 Viver a castidade é difícil, principalmente em uma sociedade onde tudo é sexo. Viver a castidade é uma forma de vida e não precisa ser virgem... e nunca é tarde pra tenta viver uma vida nova e ser livre.
Seja livre !!!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O garoto de lugar nenhum. Capítulo 1 - Parte 2.

 Com o passar do tempo minhas olheiras começaram a aparecer e a mamãe a fazer perguntas.
 Numa manhã qualquer, tivermos uma conversa mais intensa sobre o assunto do que o normal:

 - Rafael, meu filho, como surgiu essas olheiras? perguntou ela quando estávamos tomando o café da manhã. Papai tinha saido mais cedo para resolver uns barulhos estranhos que o opala estava fazendo.
 Não sei por que mas na hora eu sentir que não podia contar a verdade para ela, então respondi a primeira coisa que veio pela minha cabeça.
 - Eu usei sua maquiagem. Até hoje eu não sei como pude ter respondido aquilo.

- Primeiramente mamãe fez uma cara de assustada, depois fez uma cara que revelava, que com certeza ela não tinha caido nessa história.
 - Rafael. Eu quero a verdade! Disse ela ordenando, com o olhar fixo.
 A verdade é que eu nunca cogitei à idéia de mentir para minha mãe. E não me sentia nem um pouco bem com aquilo.
 - Eu não durmo, já faz um tempo. Respondi à ela.
 Mamãe fez uma cara de que não sabia o que fazer ou o que dizer. Ela levantou-se atravessou a mesa e ficou de joelhos em minha frente.
 - Quanto tempo? perguntou ela. Agora em minha frente, ajoelhada com as mãos em meus ombros.
 - Acho que já tem duas semanas. Respondi assustado. Mamãe segurando meu ombro apertou com firmeza, abaixou à cabeça e fez silêncio por uns segundos.
E durante esses segundos muitas coisas passaram pela minha cabeça e a maioria era perguntas. Eu gostaria de ser uma criança normal e pergunta para ela inocente-mente o que estava acontecendo comigo.
 - Rafael - disse minha mãe com uma voz suave e baixa - Você tem tido pesadelos? perguntou ela olhando fixamente em meus olhos, como se já soubesse dos pesadelos.
 -Sim. Respondi à ela surpreso e um pouco assustado.
 No momento mamãe abriu os olhos assustada e  levantou-se lentamente, virou-se de costas e foi correndo para o seu quarto.


 Fiquei paralisado. Como mamãe sabia dos pesadelos?
 Porque apesar de ela ficar assustada, agia como se já tivesse passado por aquela situação antes?
 Será que mamãe tinha a respostas para minhas perguntas?

Lá fora ouvir a buzina do opala. Era o papai me chamando para levar-me à escola. Já estava na hora.



Fim do Capítulo 1.